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Indígenas de São Francisco do Sul têm garantidos espaços para venda de artesanato


Representantes do Projeto Babitonga Ativa, da Fundação Cultural Ilha de São Francisco do Sul, do Museu Histórico Prefeito José Schmidt, da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Volta Velha (Itapoá) e indígenas Guarani das aldeias Reta e Morro Alto, de São Francisco do Sul, se reuniram na segunda-feira (30.11), na sede do Museu Histórico, para consolidar um canal de diálogo institucional entre as comunidades indígenas e o poder público municipal. A reunião é um desdobramento das atividades da 9ª Primavera dos Museus, promovida em setembro pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).


Participaram do encontro mais de 15 indígenas, incluindo os caciques Dionísio Karai, da aldeia Morro Alto, e Osvaldo, da Reta. Além das artesãs Teresa, Natália e Priscila responsáveis pela organização e comercialização do artesanato da aldeia Morro Alto. Participaram também as representantes do Projeto Babitonga Ativa, Maiti Fontana e Mirella Cursino, a coordenadora do Museu Prefeito José Schmidt, Andreia de Oliveira, o diretor geral da Fundação Cultural Ilha de São Francisco do Sul, Aldair Nascimento Carvalho, e as coordenadoras da Reserva Volta Velha, Ana Machado e Carolina Guedes também participaram da reunião.


Entre as principais demandas expostas pelos indígenas estavam a necessidade de garantir o uso de um espaço para a venda de artesanatos na feira do Centro Histórico de São Francisco do Sul (próximo ao trapiche). Eles também solicitaram apoio do município para questões de infraestrutura, segurança alimentar e moradia, além de exporem as dificuldades que enfrentam em relação ao processo de demarcação de terras e sobre o fornecimento de cestas básicas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) que no momento está solucionado.


Na área de infraestrutura das aldeias, os indígenas solicitaram apoio para a pavimentação das ruas, fornecimento de iluminação pública, além da implantação de saneamento básico. Os indígenas também foram convidados a participarem dos conselhos municipais, como o de saúde, segurança alimentar, igualdade social e mulher e ainda na associação de artesãos e artesãs, entre outros para buscarem apoio municipal na resolução das questões mais graves enfrentados pelas aldeias. Por estarem inseridas em áreas rurais, também foi colocado a necessidade de máquinas agrícolas da prefeitura para desenvolvimento de plantios e hortas nas aldeias.


O diretor geral da Fundação Cultural, Aldair Nascimento Carvalho, lembrou que, em 2011, os indígenas foram convidados a fazer uso da estrutura dos quiosques da feira de artesanato do Centro Histórico, mas, na dificuldade de manter a presença de um representante dos indígenas no local diariamente, o espaço passou a ser ocupado por outros artesãos. Apesar disso, Carvalho garantiu que, a partir de agora, os indígenas terão espaço reservado para o comércio de artesanato com o uso de tendas móveis de lona na feira de artesanato do Centro Histórico e na Enseada. Com isso, o ritmo e os costumes dos indígenas pode ser respeitado sem ameaçar a participação na feira.


Em relação à solicitação por melhorias nas moradias, Carvalho sugeriu a eleboração de um projeto sustentável com base na bioconstrução para buscar subsídios para a compra de materiais de construção, utilizando a mão de obra dos indígenas como contrapartida. Inicialmente, foi sugerida a construção de quatro casas em cada uma das aldeias, sendo necessário, para isso, o apoio da Fundação Cultural e demais instituições que estão fazendo parte deste diálogo com os indígenas.


Para o Projeto Babitonga Ativa a cultura indígena faz parte da Agenda Integrada de Ecocidadania, que busca integrar os diversos setores e atores da sociedade em torno das questões socioambientais com enfoque nas ações educacionais e culturais.



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