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Arte-educação e Musicalização foram as temáticas vivenciadas no quinto ciclo de oficinas da Formação

Atualizado: 15 de jul. de 2021



Com a temática “Arte-educação e musicalização”, a Formação Continuada em Ecocidadania (FCE) da Agenda Integrada de Ecocidadania (AIE) facilitada pelo Projeto Babitonga Ativa (Univille) desenvolveu o quinto ciclo de oficinas junto às comunidades escolares, jovens e lideranças comunitárias dos seis municípios do entorno da Baía Babitonga. Neste ciclo foram integradas e realizadas duas oficinas da estrutura curricular:


- Instrumentos Transformadores IV (Arte-Educação) integradas ao Módulo II: Estratégias Didáticas Inovadoras (Oficina 11);

- Instrumentos Transformadores V (Musicalização) integrada ao Módulo II: Estratégias Didáticas Inovadoras (Oficina 12).


As oficinas da FCE buscam despertar entre os participantes as principais questões socioambientais locais e regionais e sensibilizar os diversos atores sociais envolvidos sobre a necessidade de integração de esforços e cuidados com a saúde da Baía Babitonga, por meio do exercício da ecocidadania.


O ciclo de oficinas em Arte-Educação e Musicalização foi facilitado no mês de agosto pela arte-educadora Elizabeth Moreira com colaboração da etnobióloga Renata Poderoso, ambas integrantes do Coletivo Memórias do Mar. Desenvolvido de forma participativa, integrada, vivencial e transdisciplinar, com ênfase na ecocidadania e na saúde ecossistêmica da Baía Babitonga, a arte e musicalização foram abordadas em suas diferentes expressões buscando a sensibilização dos participantes e a corporificação dos saberes e da cultura. Integrando as múltiplas linguagens abordadas durante a FCE, este ciclo buscou acessar as informações compartilhadas individual e coletivamente proporcionando a identificação das principais necessidades de transformação para cada desafio apresentado.


A partir dos conhecimentos já adquiridos pelos participantes nos ciclos de oficinas anteriores e das reflexões sobre os processos e vivências individuais de cada um, a metodologia valorizou o sentir, proporcionando processos vivenciais, onde a partir dos ritmos individuais e coletivos, foram criados elementos para gerar transformações internas, transmutar sentimentos, indo ao encontro da própria essência, e perceber-se no todo. A proposta pedagógica deste ciclo envolveu o ecocidadão e o coletivo na possibilidade de trabalhar as questões internas, de forma a quebrar barreiras, superar obstáculos, que o impeçam de exercer a ecocidadania na prática, no dia a dia, dentro e fora do ambiente escolar, experimentando metodologias possíveis para esta aplicação.


Com os quatro elementos (terra, água, ar e fogo) norteadores da proposta pedagógica, presentes nos seres vivos e em todos os ambientes, não sendo diferente no ecossistema Babitonga, foram vivenciadas diversas técnicas de sensibilização, individual e coletiva, onde os participantes plantaram suas sementes simbólicas para a prática ecocidadã, e despertaram simbolicamente os processos de “germinação” e posterior “disperção” de novas sementes - frutos da prática ecocidadã, sensibilizando os participantes a buscarem soluções para os desafios diários e o fortalecimento do sentimento de pertencimento local.


Em cada oficina, as turmas tinham contato com as quatro mandalas: da terra (representada pelo plantio das sementes significativas, pela dança circular e movimentação corporal percebendo os ritmos no corpo, individuais e coletivos), da água (quebrando a dormência da semente para a germinação: com a elaboração de sons, ritmos,música e a percepção da fluidez deste elemento, utilizando-se da água como instrumento transformador e co-criando através da pintura - painel coletivo. Nesta mandala, o respeito ao outro, ao que "veio antes" foram trabalhados a partir da criação dos sons com água e da pintura do painel), do ar (onde a dispersão foi realizada a partir da comunicação. Com a leitura reflexiva sobre o painel coletivo, onde verificamos a representação do ecossistema Babitonga - suas partes e o todo, seus processos históricos e as práticas futuras, valorizando o sentimento de pertencimento ao local. Também realizamos uma leitura de textos e cordéis com a temática socioambiental, e foi proposto a cada turma identificar a sua forma de comunicar/dispersar esta semente: a prática ecocidadã - cartas coletivas, telejornais, música, flyers, livretos, projeto de lei) e do fogo (representada pelo diálogo sobre a quebra de paradigmas pessoais e coletivos e no questionamento sobre como cada participante poderia se transformar, utilizando-se do calor do sol para dar vida a este processo e de danças circulares com músicas populares dando movimento).


Durante o contato com todas as mandalas a musicalidade popular brasileira se fez presente, incluindo brincadeiras de roda, danças circulares, cirandas, entre outros. Com esta interação, buscou-se desenvolver entre os participantes as percepções de ritmos, (individuais e coletivos), a coordenação motora, capacidades de socialização, memorização, expressividade, imaginação e criatividade, além do fortalecimento da identidade cultural.


Os participantes também construíram coletivamente diversos instrumentos de articulação e mobilização social. Em Itapoá, se mobilizaram para exercitar a elaboração de um projeto de lei sobre a defesa do território pesqueiro da região e ainda apresentaram improvisos musicais e declamação de poesia; em Araquari, construíram uma Carta-missão para a ecocidadania na baía Babitonga e um vídeo-telejornal; em Balneário Barra do Sul, elaboraram um folder dando instruções ao turista e aos moradores locais para a manutenção da saúde ecossistêmica local; em São Francisco do Sul, um livreto em formato de cordel com rimas e temática socioambiental para as questões do ecossistema Baía Babitonga; em Garuva, uma composição musical com ritmo de Boi de Mamão contendo versos poéticos e educativos para a Baía Babitonga; e em Joinville, a construção de carta coletiva para ser apresentada em espaços de diálogos e decisões.


As oficinas possibilitaram aos participantes a experiência e a construção do conhecimento através do corpo, suas sensações, emoções, dos ritmos populares, danças circulares, expressão plástica, sensibilização socioambiental e política, com elementos e linguagens da contemporaneidade.


Durante as oficinas, algumas questões e desafios para a gestão compartilhada do ecossistema Babitonga foram debatidas, dando enfoque para a diversidade biológica e cultural/social presente, além dos usos diferenciados deste ecossistema, direcionando para o diálogo e evidenciando que com o exercício da ecocidadania é possível alcançarmos harmonia e fluidez nas relações presentes e futuras.


“A arte educação e a musicalização como recursos interativos de aprendizagem potencializam e evidenciam a capacidade criadora, a sensibilização, e a expressão individual e coletiva dos participantes para lidar com a complexidade da problemática socioambiental encontrada no ecossistema Babitonga”, afirmam Elizabeth Moreira e Renata Poderoso.

Contato Facilitadoras:

Elizabeth Moreira: bethmoreira@yahoo.com.br

Renata Poderoso: re_poderoso@msn.com



Turma de Araquari


Turma de Balneário Barra do Sul

Turma de Garuva

Turma de Itapoá

Turma de Joinville

Turma de São Francisco do Sul

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